Elizabeth Smart foi sequestrada em 5 de junho de 2002, e seus sequestradores a controlavam ameaçando matá-la e à sua família se ela tentasse fugir. Felizmente, a polícia devolveu Elizabeth a sua família em 12 de março de 2003, depois de ter ficado presa por 9 árduos meses.
Elizabeth compartilha sua incrível história de perseverança diante de uma adversidade inimaginável. Seu discurso não apenas conta sua história pessoal, mas também discute tópicos como superar a extrema adversidade, a importância e o processo de recuperação, e não permitir que seu passado dite o futuro de sua vida. Elizabeth sabe que não há nada mais importante do que ter esperança em uma situação difícil.
Na manhã em que fui resgatada,minha mãe me deu o melhor conselho que já recebi, ela disse:
Elizabeth o que essas pessoas fizeram com você foi terrível, e não há palavras fortes o suficiente para descrever o quão perversos eles são. Eles roubaram nove meses de sua vida, que você nunca mais voltarão, mas a melhor punição que você poderia dar-lhes é ser feliz e prosseguir com sua vida para fazer todas as coisas que você quer fazer porque, sentindo pena de si mesma, se agarrando ao passado, revivendo-o, você estará permitindo a eles roubar mais da sua vida, e eles não merecem nem um único segundoseu, então você precisa ser feliz e você precisa seguir em frente com sua vida.
[…No dia do julgamento], trouxeram Brian Mitchell, e ele ainda estava com a sua longa barba e seu cabelo comprido, mas ele estava algemado, com as mãos, na cintura, e os pés, e havia um guarda de cada lado dele, escoltando-o para o tribunal.
Percebi, naquele momento, que eu tinha seguido o conselho da minha mãe, […] eu não precisava ter medo do que ele faria eu sentir, porque eu percebi que ele naõ tinha mais nenhum poder sobre mim, e eu lembro do fortalecimento que senti. […]
Percebi que ele não tinha mais poder nenhum sobre mim, que ele nunca mais teria, e que eu iria viver uma vida maravilhosa. […]
Percebi que o perdão não é para a outra pessoa, é para você mesmo.
A vida vale tanto à pena. E não importa o que tenha acontecido com você, não importa a sua origem, não importa o seu passado, cada um de nós merece ser feliz. Coisas ruins acontecem, mas isso não significa que elas precisam nos definir ou destruir a nossa vida e, sim, eu serei conhecida para sempre como a garota que foi sequestrada, mas tudo bem porque eu sei que isso não é tudo o que eu sou. Isso aconteceu comigo, mas eu não deixei que isso me impedisse de prosseguir e me casar, e ter uma família, tornando-me uma defensoar da mudança, tornando-me uma defensora de mulheres e crianças e,realmente, todas as vítimas.
Temos coisas que acontecem conosco e, sim, elas nos dão forma, elas nos moldam, mas elas não têm que nos definir porque no final o que define você é como você reage, são as decisões que você
toma. Por isso espero que o que quer que você esteja enfrentando, com o que quer que você esteja lidando, lembre-se que você é quem você decide ser. Você é o capitão do seu destino. Você é o único que decide quem você é.
“Eu conheci muitos sobreviventes e trabalhei com tantas vítimas e ouvi muitas histórias de outras pessoas”, disse ela. “Eu não posso te dizer quantas vezes eu fui abordada depois de ter feito uma palestra ou algo assim e alguém veio até mim e disse: ‘Eu nunca disse isso a ninguém antes, mas quando eu tinha 14 anos fui estuprada ‘ou’ quando eu tinha 12 anos meu pai me vendeu para pagar a hipoteca da casa.’ Eram tantas pessoas vindo até mim, e revelavam o abuso que tinham sofrido e os quais elas nunca tinham contado a ninguém.”
Smart falava antes do recente surto de revelações sobre abuso e assédio sexual e os maus tratos generalizados às mulheres no entretenimento, na política, no mundo da tecnologia e em todos os lugares começarem a dominar as manchetes. Mas a notícia de que há um mal à espreita não foi uma surpresa para Smart, que encontrou força e propósito recuperando-se de sua própria experiência infernal.
“Eles não deveriam ter que manter isso em segredo, eles não deveriam ter que guardar isso. Todo mundo merece ser feliz”, disse Smart. “Ninguém merece ser ferido do jeito que eu fui ferida, o modo como tantos sobreviventes e outras vítimas estão sendo feridos. Ninguém tem o direito de fazer isso com eles. Então eu quero que eles saibam que não estão sozinhos.”
O que você acha quando alguém defende publicamente ideias falsas (até mesmo injustas ou malignas)? Uma pessoa assim pode ser moralmente inocente? Normalmente não. Você