Freddie, com 14 anos, sua irmã Truus, e a amiga Hannie, entraram para a resistência holandesa, na Segunda Guerra. Explodiam pontes e matavam soldados. Hannie foi presa enquanto contrabandeava documentos e armas em sua bicicleta. Ela foi interrogada, torturada e depois executada.
Por Harrison Smith, no Jewish World Review.
“Tivemos que fazer isso”, disse Freddie a um entrevistador. “Foi um mal necessário, matar os que traíam as pessoas boas.” Quando respondeu sobre quantas pessoas ela matara ou ajudara a matar, ela hesitou: “Ninguém deveria perguntar a um soldado nada disso”.
[…]
Segundo o relato de Truus, foi Freddie Oversteegen quem se tornou a primeira a atirar e matar alguém. “Foi trágico e muito difícil e nós choramos por causa disso depois”, disse Truus. “Nós não sentimos que nos convinha – nunca convém a ninguém, a menos que sejam criminosos reais … A pessoa perde tudo. Isso envenena as coisas belas da vida.”
Depois que a guerra terminou, em 1945, Truus trabalhou como artista, fazendo pinturas e esculturas inspiradas em seus anos de resistência, e escreveu um livro de memórias.
[…]
De sua parte, Freddie Oversteegen disse ao Vice que ela lidou com os traumas da guerra “se casando e tendo filhos”.
[…]
Em entrevistas, Oversteegen falava com frequência sobre a física do ato de matar – não da sensação do gatilho ou do coice da arma, mas do inevitável colapso que se seguia, as vítimas caíam no chão.
“Sim”, disse ela a um entrevistador, segundo o jornal holandês IJmuider Courant, “eu mesma atirei com uma arma e os vi cair. E o que há dentro de nós nesse momento? Você quer ajudá-los a se levantarem”.
Leia mais em:
http://www.history101.com/freddie-oversteegen-nazis-death/