Trecho de entrevista de Megyn Kelly com a jornalista Helen Joyce, que escreveu o best-seller Trans, Quando a Ideologia se Encontra com a Realidade.
– O seu livro passa muito tempo falando de Ray Blanchard, que é um sexologista que cunhou essa terminologia. E é um termo importante entender porque, de acordo com o seu livro, observando o relatório de Banchard, até 82% de pessoas trans hétero, homens que alegam ser mulheres, que não são gays são, na verdade, aultoginofílicos. Você pode explicar o que é isso?
– Certamente. Antes de começar, vou dizer, porém, que não me interessa qual seja a motivação do homem para entrar nos espaços das mulheres. Ele não é bem vindo. Não me importa se ele for sincero. Não me importa se ele for pervertido. Não me importa se ele for gay ou hétero. É um espaço das mulheres. Ele não é bem vindo. Como dizem: homens bons ficam de fora, para que possamos manter todo o resto de fora. Eu não permito nos espaços femininos o meu marido, os meus filhos, e conto com o respeito deles às fronteiras das mulheres.
Dito isto, há diversas motivações para se pensar que você é um membro do sexo oposto, tanto para homens quanto para mulheres. Entre os homens, as duas representações comuns são: um, que eles foram meninos muito efeminados ou femininos ou, para usar o termo pejorativo, maricas, e o mundo, talvez suas próprias famílias lhes deram a firme impressão de que isso não era certo e que um menininho que fosse como eles tinha algo errado e é, na verdade, uma menina. Agora, essa criança, se ele é apoiado e ninguém mente para ele sobre o que é possível, vai crescer e entender que ele é um homem gay e, se tudo correr bem, um homem gay feliz saudável, plenamente funcional quando se tornar adulto. Infelizmente, estamos fazendo a transição dessas crianças agora, então, estamos tomando o futuro deles.
Então, alguns desses homens acreditam cada vez mais nessa fantasia, até ao ponto em que, na medida em que envelhecem, torna-se impossível – ou eles acham que é impossível – viver sem encenar essa fantasia. E eles não querem apenas manter a fantasia de mulher, no quarto ou saindo nos finais-de-semana com outros homens ou o que quer que seja, ou trocando fotos em algum site de cross dressing.
E agora, claro, eles podem dizer “Sou uma mulher de verdade”. E eu realmente acho que muitos deles acreditam que são mesmo mulher. Eles estão fantasiando sobre essa mulher há tanto tempo que ela parece muito real para eles. E é obvio que elas são deslumbrantes e corajosas. São as melhores mulheres. Mas o que é tão incomum e destrutivo a respeito desse desejo e impulso sexual é que requer que todo mundo concorde. Faz parte da fantasia. E isso não é verdade com relação aos desejos sexuais em geral. Por exemplo, sou uma mulher heterossexual, Não preciso que outras pessoas confirmem isso. Desde que meu próprio marido concorde comigo que eu sou uma mulher heterossexual e que permaneçamos juntos, acabou. O resto do mundo não tem que concordar com nada disso. Mas se você é um homem cujo desejo sexual mais profundo é o de ser uma mulher de verdade, então esse homem vai exigir que todo mundo, mulheres, especificamente, concordem com ele. E ele não quer simplesmente fazer cross dressing. Ele quer entrar nos espaços exclusivos das mulheres, porque ele quer estar no espaço onde essa feminilidade é corroborada. Então, isso não significa apenas que ele quer usar os banheiros femininos e os vestiários femininos, e assim por diante, porque isso é conveniente. Significa que ele quer usá-los para validação. Ele entra neles especificamente. Então, todos esses homens, eles vão e participam de grupos de apoio à menopausa no Facebook, eles entram em grupos de natação só para mulheres quando, na verdade, também tem um grupo para ambos os sexos; eles fazem todas essas coisas que só mulheres podem fazer porque é com isso que eles se excitam. E qualquer mulher que diga “Sinto muito, colega, você é um homem, não é bem-vindo.”, está desferindo um golpe no cerne da auto imagem dele bem como na sua fantasia erótica também. E os homens, e seus impulsos sexuais, sabe, é uma das forças que move este mundo, é o que os homens querem sexualmente. E esses homens são muito, muito motivados. Penso neles como o reator nuclear pulsando no coração desse movimento. Eles podem até não ser a maior parte desse movimento, numericamente e, na verdade, os peões desse movimento, são as mulheres jovens que cresceram na teoria queer nas universidades. E elas são as piores por papagaiar que as mulheres trans são mulheres. Mas sem esse núcleo duro de homens, cujo desejo mais querido e único, na vida, é forçar todo mundo a fingir que eles são mulheres, isso não teria ido tão longe.
– Este fetiche sexual está tomando conta do nosso mundo, o mundo das nossas menininhas, todos os nossos espaços. Então, para colocar em termos legais, estamos nos posicionando para objetar e, apesar disso, não é reconhecido. Não é reconhecido por todas essas instituições que querem soar e parecer inclusivas.
– E a pior coisa a este respeito, e para concluir por que essas pessoas são a batida, a batida tóxica do reator nuclear no coração desse movimento, é porque é tão central para a auto imagem deles, e tão central para a sua fantasia sexual, que eles sejam realmente mulheres. Eles não querem que você entre no jogo, Eles não querem que você diga “tá, tanto faz, ok. Praticamente, você é um drag queen. Eu não me importo se os homens usarem roupas de mulher.”; daí eles dizem que eles sempre foram desse jeito. Que, no fundo, por dentro, eles são mulheres. E isso significa que eles tem que ter sido crianças trans. Quer dizer que te que ter havido crianças trans. Então esses são os homens que querem que se dê drogas esterelizantes para crianças para confirmar a sua sexualidade. Eles são muito perigosos.
– E nós estamos ouvindo-os. Estamos cedendo no debate porque estamos sendo constrangidos pela mídia, pelos, como você salientou, os principais líderes do movimento, os generais, as mulheres jovens que foram doutrinadas na teoria queer nas universidades. Estamos permitindo que essas pessoas nos constranjam. Já é ruim para nós, mas é um assunto totalmente diferente quando estamos falando sobre nossas crianças. E é disso que as pessoas precisam se lembrar. Se você tem medo de se defender, você deve encontrar um meio de defender isto. Do contrário, nossas crianças vão não apenas ser feridas por essas pessoas, algumas delas, mas elas elas vão ser doutrinadas a pensar, e o dano só vai se espalhar.
Um pouco de perspectiva
Em linha com os pontos levantados na entrevista acima, o trecho abaixo, do documentário De que sexo sou eu? (1985), explora ainda mais o assunto, oferecendo perspectivas adicionais. A autoginefilia/fetiche travesti em ação:
– Você se masturbou com roupas de mulher?
– Definitivamente, sim.
"Did you masturbate with women's clothes on?"
— Genevieve Gluck (@WomenReadWomen) July 20, 2023
"Very definitely, yes."
📽️"What Sex Am I?" 1985pic.twitter.com/3QeyIxar4N
Outro trecho do filme:
Quando o orgasmo acaba, se você continuar com o vestido, você começa a descobrir que existe essa outra parte de você.
Puxa, há algo de bom na feminilidade que estou gostando de sentir.
Virginia Prince popularizou o termo “transexual”.
"When the orgasm is over, if you continue to stay in the dress, you begin to discover there's this other part of yourself.
— Genevieve Gluck (@WomenReadWomen) July 20, 2023
Gee, there's something nice about girlness that I'm enjoying experiencing."
Virginia Prince
popularized the term "transgender"pic.twitter.com/BIBoizNhGR
A sociedade tem o dever de acomodar esses homens? Deveríamos ensinar a milhões de crianças em idade escolar que qualquer uma delas pode nascer no corpo errado para que homens como estes possam viver como mulheres e ter acesso aos espaços femininos? A literatura anterior sobre esses homens os considerava sofrendo de um grave transtorno mental. A reportagem e documentação anteriores destes homens deixaram claro que eles eram fetichistas sexuais que se absorveram no seu fetiche e queriam vivê-lo a tempo inteiro.
“Os soldados deste movimento são as jovens que cresceram na Teoria Queer nas universidades. Sim, penso que a forma básica disto é que (na sua maioria) mulheres ricas têm passado pela teoria interseccional/de género, terminando a faculdade e construindo carreiras nas indústrias multibilionárias da governança da moralidade progressista. Uma peculiaridade do paradigma moral cria um terreno fértil para o crescimento de um relacionamento semelhante ao de Munchausen por procuração entre pessoas trans e as sacerdotisas teóricas e ambos os grupos alimentam a dissociação, um do outro, da realidade material. As correções são desmanteladas em torno de ambos os grupos, derrubam-se as linhas divisórias baseadas no sexo e, devido ao poder cultural da indústria da moralidade progressista, é habitual ignorar/humilhar os que apontam para compensações. É aqui que estamos.
Michael Nayna
Imagem:
Tuite de Mike @Mike42347064969, 04-06-2023