Por Victoria Friedman. Leia o artigo completo no Breitbart.
Um homem de 40 anos foi internado, após a votação do Brexit, em 2016, em “um estado psicótico agudo”. Ele sofria de insônia e paranóia e estava ouvindo vozes.
O Dr. Mohammad Zia Ul Haq Katshu, que tratou o homem, escreveu : “Sua saúde mental se deteriorou rapidamente após o anúncio dos resultados, com preocupações significativas com relação ao Brexit.
Ele se apresentou agitado, confuso e com pensamentos desordenados. Tinha alucinações auditivas e delírios paranóicos, referencial, de identificação errônea e bizarros.”
Os médicos o diagnosticaram com Transtorno Psicótico Agudo e Transitório (ATPD), semelhante à esquizofrenia, e prescreveram o medicamento antipsicótico olanzapina. Depois de duas semanas no hospital, ele “se recuperou completamente”.
O paciente havia passado por uma ocorrência semelhante, porém mais leve, 13 anos antes, após um estresse significativo relacionado ao trabalho. Ele também disse que, durante o recente episódio, ele estava enfrentando “pressões familiares”. No entanto, o médico disse que “o Brexit parece ser o estressor primário”.
Mais detalhes no relatório revelam que o paciente “achou difícil se reconciliar com os eventos políticos que aconteciam ao seu redor”. Ele também havia passado mais tempo nas mídias sociais compartilhando seus pensamentos.
Dizia-se que ele ficara “cada vez mais preocupado com incidentes raciais”, perdera o sono, demonstrara paranóia e “ficara cada vez mais agitado em casa e começou a jogar coisas”.
Durante sua permanência na unidade psiquiátrica, o homem, que “descreveu sua família como ‘multicultural’”, disse que “relatou que sentia vergonha de ser britânico”, e:
“Eu estava olhando o mapa eleitoral da votação [do Brexit]. Estou em uma circunscrição eleitoral que reflete uma opinião que não é para mim.”
Em outro momento de seu tratamento, “ele estava agitado, perplexo e confuso, tentando cavar o chão com as mãos para ‘escavar’ no chão para ‘dar o fora desse lugar’”.
O Times relata que duas em cada cinco pessoas de 18 a 30 anos entrevistadas pelo Young Women’s Trust, em 2017, culparam o Brexit por tê-las deixado ansiosas. A pesquisa também mostrou que as prescrições para antidepressivos aumentaram após o referendo.
Katshu observou que, embora esse tenha sido o primeiro caso de psicose relacionada ao Brexit, “um caso de breve distúrbio psicótico precipitado pelo estresse” associado à vitória eleitoral do presidente Donald J. Trump foi relatado nos EUA no mesmo ano.