Como Deus responde quando os seus querem morrer
Por Abby McDonald, em seu blog.
Às vezes é mais fácil ser espectador. Quando alguém morre ou há uma tragédia nas manchetes da imprensa, muitas vezes é o que faço. Eu me sento e leio as palavras de outros escritores. Aceno a cabeça em concordância, e digo silenciosamente: “Amém”.
Mas após o suicídio de duas celebridades conhecidas, eu sabia que precisava contribuir mais do que um reconhecimento. Eu assisti os outros falarem sobre suas próprias experiências com depressão e corajosamente contar suas histórias, e Deus agitou minha alma.
Eu sei o que é estar naquele espaço onde você tem medo de acordar.
Olhar pela janela e tentar sentir algo além do nada lento que o envolve. Depois de ter meu primeiro filho, houve dias em que mal podia esperar para me arrastar para a cama e entrar no abismo do sono.
Li as palavras de uma pessoa corajosa que expressou a verdade que a maioria de nós não ouve com muita frequência: alguém pode amar a Jesus, mas ainda quer morrer.E eu a aplaudo por isso. Estes são os tipos de conversas que a maioria de nós precisamos ter.
Dias depois de eu ler a história dela, as questões que ela suscitara ainda davam voltas em minha mente e me peguei imaginando: “Por que tantas vezes queremos manter em silêncio a nossa própria escuridão?” A parte autopiloto de mim sabe a resposta. As pessoas que amam Jesus não deveriam querer tirar suas próprias vidas, certo? Elas devem ter fé que pode curar e um espírito que encontra a paz em sua presença, certo?
Sim, essas coisas são possíveis. Deus é capaz. Mas elas nem sempre são a regra. E o pensamento em minha mente, dias depois de eu ler as palavras de outro peregrino, foi: “Até mesmo alguns profetas lidaram com essa escuridão”.
Quer ver por si mesmo? Elias e Jonas, que eram, ambos, servos do Senhor e ouviram diretamente dele, afirmaram que queriam morrer. (Veja 1 Reis 19 e Jonas 4)
Estes eram homens que não só pensavam em morrer, mas abertamente disseram a Deus que queriam morrer.
Estes eram homens que Deus escolhera, especificamente, para falar e usar. Ele confiou neles e os separou em gerações cheias de pessoas que adoravam ídolos, curvaram-se para Baal e se voltaram para tudo, menos Ele, para encontrar satisfação.
Eles não estavam longe de Deus, antes, eram vasos de sua mensagem. Eles transformaram vidas e trouxeram esperança. No momento em que declararam sua angústia, viram Deus realizar o milagre. Fogo do céu na palavra de Elias. Para Jonas, a nação de Nínive transformou-se de atos vis de brutalidade em arrependimento.
E ainda assim, eles queriam morrer.
Agora, não vou entrar nos detalhes que cercam a jornada de cada homem. Mas se lemos suas histórias, vemos que um tem medo da esposa de um rei louco e o outro está com raiva. Seus desejos de morrer resultou de emoções muito diferentes.
Sobre o que quero falar hoje não é suas razões, mas a resposta de Deus. Porque há muitos que pensam que Deus se afasta desses tipos de sentimentos e brados de desespero. E eu estou aqui para dizer que ele não se afasta.
Então, como Deus respondeu? Ele os castigou? Afastou-se e jogou-os no inferno? Escondeu o rosto deles e deixou-os vagar na escuridão?
Nem de longe. Aqui estão três maneiras pelas quais Deus responde quando seus seguidores querem morrer:
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Ele vem até eles em sua necessidade e lhes permite descansar.
Deus não se afasta de seus filhos. Ele não grita: “Como você se atreve a dizer uma coisa dessas?!” Nem age como se não acreditasse que um de seus seguidores esteja fazendo uma declaração tão ousada. Na aflição de Elias, ele envia um anjo com comida e água para ele. Ele deixa ele dormir e se preparar para a longa jornada à frente. Tendo ele tido tempo de recuperar suas forças, ele o segue até o monte Horeb. Para Jonas, ele fornece sombra e ameniza seu desconforto. E embora, mais tarde, ele retire a planta para ilustrar um ponto para Jonas, ele não o deixa.
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Ele chega ao cerne da questão.
Deus não se esquiva do que realmente está acontecendo no coração desses homens. Ele faz perguntas. Ele vê as coisas que eles não estão dizendo ou perguntando. Para Elias, ele pergunta: “O que você está fazendo aqui?” (1 Reis 19: 9) e, para Jonas, ele pergunta: “É certo que você fique com raiva?” (Jonas 4: 4) Deus já sabe a resposta para esses questões. Ele quer os homens, atrás de cujos corações ele está, vejam o que ele vê.
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Ele ouve.
Deus não interrompe esses profetas nem os interrompe quando eles estão explicando como chegaram a este ponto. Mais uma vez, ele sabe a resposta. No caso de Elias, ele sabe que, erroneamente, ele acredita que é o único seguidor restante. Mas ainda assim ele o deixa falar. Ele permite que ele diga essas palavras às quais ele está agarrando enquanto viajava pelo deserto pensando que não restara ninguém para servir a Deus.
Às vezes a jornada pelo deserto é o que nos prepara para receber a verdade.
Amigo, eu não sei onde você está hoje. Eu não sei se você está se debatendo na escuridão ou se você está firme em um lugar de vitória, hoje. Mas posso dizer que Deus vê você, apesar de tudo. Ele não se afasta daqueles lugares que você mantém enterrados.
Deus não fica surpreso, sem conseguir acreditar, com declarações como as de Elias e Jonas. Ele se aproxima. Ele nos alcança através da brecha. Quando sofremos, ele sofre.
Fale com ele hoje. Mesmo que você ache que ele não ouve, fale com ele de qualquer maneira. Ele está bem aí e está esperando que você o alcance.
Se você precisar conversar ou conhecer alguém que esteja passando por dificuldades, ligue para 188 ou para .