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Quantas vezes você passou por aquele momento em que você gostaria que houvesse um buraco na sua frente para você poder se enterrar?
E quando você presenciou esse tipo de situação, o que você fez?
Vinte mil pessoas no estádio, fora a transmissão televisiva em rede nacional. Era a final do campeonato, e Natalie Gilbert ganhara o concurso para cantar o hino nacional na abertura da partida. Quando ela começou, sua bela voz mostrou porque fora escolhida, mas a menina de 13 anos entrou em pânico, ficou paralisada, sua memória deu “branco”, em vão ela olhou para os lados em busca de socorro. Assista ao vídeo.
Maurice “Mo” Cheeks  era técnico de basquete. O que ele fez na noite de 25 de abril de 2003 agora é lembrado simplesmente como “o momento Maurice Cheeks.
Maurice Cheeks herdara uma equipe que parecia o polo oposto dele: vários de seus jogadores tinham tido problemas recentes com relação à posse de drogas, violência doméstica, excesso de velocidade e outras violações.
 
Curiosamente, em quadra, os jogadores respondiam bem a Cheeks como treinador, como explicou um deles, Jason Quick:
 
 “Ele tem a habilidade incomum de ser amigável com os jogadores, mas também de discipliná-los de uma forma que não os punha a perder”
 
Cheeks explica sua metodologia:
 
“Quando alguns dos caras tinham alguns desses problemas fora da quadra nesta temporada, eu disse a eles: ‘Vocês são homens crescidos. Você tem que assumir o controle e ser responsáveis.”
 
Quando Cheeks era um calouro no West Texas State, no Texas, bem longe do sul de Chicago, onde ele fora criado, ele ligou para a sua mãe. Lamentou-se para ela que ele estava sozinho e infeliz e queria voltar para casa.
“Eu tinha uma bolsa de estudos lá, uma das poucas universidades que me ofereceu uma”, disse Cheeks, “e minha mãe tentou argumentar comigo para ficar. Eu disse:
– Não, estou indo embora.
Ela disse:
– Maurice, se você sair da escola, é melhor você não voltar para casa.,
Ele relembra com uma risada: “Eu fiquei na escola. Eu não sei o que teria acontecido comigo se não tivesse ficado. ”
 Cheeks, um homem modesto que recusa o crédito, aponta para seus pais como responsáveis por tê-lo moldado no que ele é hoje.
– Fui educada do jeito certo por minha mãe e meu pai. Nós não tivemos a melhor vida. Mas eles instilaram em nós tratar as pessoas da maneira certa. É só isso. Năo existe segredo. Não existe receita para isso. É apenas tratar as pessoas corretamente, e se você fizer isso corretamente, voltará para você. “
Em tempos de Baleia Azul, Dennis Rainey, de Family Life, resume bem a situação:
“O episódio me lembra do poder que temos, como pais, de acompanhar e incentivar nossos filhos. Eles precisam sonhar grande e mirar alto, expor-se na batalha onde correm o risco de fracassar. E quando tropeçam – como vai acontecer às vezes – precisam que estejamos presentes. Eles nunca deveriam ter que cair de cara no chão muito longe de onde nossos braços estão.”
Fonte:
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Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

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