No que diz respeito ao cérebro, muitos acadêmicos insistem que não existem diferenças entre os sexos, ao mesmo tempo em que insistem que as pessoas que se identificam como trans têm cérebros iguais aos do sexo oposto. É claro que ambas as afirmações não podem ser verdadeiras.
Em uma conferência recente, perguntei à neurocientista @Lise_Eliot (que argumenta que os cérebros masculino e feminino não são dimórficos) suas opiniões sobre esse aparente paradoxo.
EU: Supondo que o que você disse seja verdade, que os cérebros de homens e mulheres são monomórficos, o que você acha do conjunto de pesquisas que afirmam descobrir que os cérebros de pessoas que se identificam como transexuais têm estruturas cerebrais que parecem estar distanciadas do que é característico do seu sexo real e em relação ao que é mais característico do sexo com o qual se identificam?
Isto é utilizado regularmente, mesmo nos tribunais, para argumentar que as pessoas trans têm o “sexo cerebral” do sexo oposto. Mas se não existe dimorfismo sexual, como esta pesquisa afirmar ter encontrado uma alteração? E seria a premissa desta pesquisa doentia?
LISE: Fico feliz em abordar isto porque estudei a literatura sobre imagens cerebrais de transexuais e é tão confusa quanto a pesquisa sobre diferenças sexuais. Quase não há resultados reproduzidos nessa literatura, portanto, se ela estiver sendo usada em processos judiciais, isso é inadequado.