As melhores acadêmicas feministas, que têm respeitáveis doutorados diversificados que vão desde arte medieval, inglês do século 6 a Estudos Femininos, reuniram-se, no centro de discussões da Universidade de Toronto, para discutir se a flatulência humana poderia ser sexista.
Ashleigh Ingle, uma feminista orgulhosa e anarquista, argumentou que, devido às normas de gênero patriarcais, as mulheres não podiam liberar gases em público por causa das expectativas irreais dos homens de as mulheres serem limpas e femininas. Além disso, ela deixou claro que, se uma mulher expelisse gases na presença de um homem e o homem respondesse com mais força que a mulher, isso seria um estupro.
“Ao ter uma flatulência mais alta, o homem está usando de uma violência agressiva passiva para se posicionar como dominante, isso intimida a mulher a inconscientemente não liberar tanta flatulência e, assim, a mulher, temendo por sua segurança, não expele gases tão barulentos como um sinal de submissão, isto, por sua vez, contribui para a cultura de estupro e para a opressão das mulheres.” A discussão se limitou, novamente, aos corpos das mulheres, sendo controlados pela sociedade e as mulheres recebendo ordens. A ativista local Steph Guthrie, defensora feminista e organizadora comunitária especializada em mídias sociais e eventos interativos, propôs uma campanha on-line para enfrentar essa misoginia que “mantém as mulheres inferiorizadas e presas em seus próprios corpos. Eu simplesmente acho horrível que o patriarcado venha controlando as flatulências das mulheres durante todo este tempo e só tenhamos percebido isso agora, é hora de as feministas em todo o mundo reeducarem as mulheres sobre como estão sendo discriminadas.” A hashtag do Twitter de Guthrie #FartRape começou a subir, já que as mulheres estão assumindo o controle de seus próprios corpos ao nomear e envergonhar os homens culpados de estupro. Guthrie espera que os homens culpados sejam identificados e, então, seus locais de trabalho sejam mobilizados e seus empregadores sejam notificados sobre o tipo de pessoa que estão abrigando no trabalho.