Matt Walsh
Pensei que o Webster fosse redefinir o termo “mulher” e dai dizer que mulher e sexo feminino não são necessariamente a mesma coisa ( que é o que o culto trans vêm alegando, incoerentemente, há anos). Mas eles foram direto para a reescrita mais extrema, realmente mudando a definição biológica de mulher.
Não é função do dicionário decidir o significado das palavras, mas apenas registrar o uso que os falantes, em acordo tácito, fazem dela a fim de se comunicarem. Mas há alguns anos o Merriam-Webster vem usando a sua “palavra do dia” para fazer declarações politicamente corretas, nem que seja apenas com a escolha das imagens que ilustram o verbete.
A definição é ineficaz porque se baseia em uma dicotomia, e não no leque que os apologistas da ideologia de gênero afirmam existir. Ao definir feminino em termos da relação de oposição a masculino, o Merriam-Webster cai numa definição circular, o que torna os dicionários irrelevantes.
Comentário na thread de Matt Walsh:
Bom, é claro que isso aconteceria. A sociedade está sendo forçada a mimar uma certa comunidade que nega a realidade. O próximo e único passo lógico para entrar no vórtice do retraimento é redefinir as palavras. Você tem que fazer isso a fim de dar sentido ao absurdo.
Sdlp Sdlp@SdlpSdlp1
“… um pensamento divergente dos princípios do Ingsoc [socialismo inglês] deve ser literalmente impensável, pelo menos na medida em que o pensamento é dependente de palavras.”
Cerca de cem anos antes de George Orwell desenvolver o pensamento acima, Abraham Lincoln, tornara famoso o conceito de que as palavras definem significados, os quais não podem ser mudados arbitrariamente:
Ao discutir a questão, ele costumava comparar o caso ao do menino que, quando lhe perguntaram quantas pernas seu bezerro teria se ele chamasse o rabo do bezerro de perna, respondeu: “Cinco”, ao qual a resposta imediata foi que chamar o rabo de perna não o transforma em perna.
Reminiscências de Abraham Lincoln por homens ilustres de seu tempo / coletadas e editadas por Allen Thorndike Rice
O objetivo da Novilíngua é estreitar o alcance do pensamento para que um indivíduo não possa sequer ter pensamentos críticos ou subversivos. Termos potencialmente críticos como “liberdade” são formalmente definidos em seus opostos conceituais (“liberdade é escravidão”), ou são simplesmente eliminados do dicionário e da linguagem cotidiana. Dessa forma, a linguagem crítica definharia à medida que o número de palavras que permitem a diferenciação e a crítica fosse cada vez mais reduzido.
Imagem:
Desenhando, por Maurits Cornelis Escher.
Imagem do catálogo da exposição O Mundo Mágico de Escher, do Centro Cultural Banco do Brasil, página 73.
As obras em questão pertencem ao Acervo Gemeentemuseum, Haia, Holanda.