Em comemoração à Páscoa, ofereçemos uma reflexão sobre como recuperar-se de mágoas, traições, rejeições, humilhações, abandono.
“Perdoe eles”
“Pai, perdoa-os porque eles não sabem o que estão fazendo.” Jesus conseguiu pronunciar aquelas palavras penetrantes através de lábios sangrados e rachados, inchados do sol do meio-dia. Empalado naquela cruel cruz romana, Ele intercedeu em favor de Seus inimigos. Que magnífico modelo de perdão!
Ele pagou a pena pelos pecados do mundo, na íntegra, o justo pelos injustos. Como resultado de Sua morte sacrificial, a reconciliação foi feita entre o homem e Deus. Ele é nosso modelo para resolver corretamente disputas. Em última análise, é uma questão de perdão.
“Pai, perdoa-os …” Que maneira de viver!
Antes de continuar, você pode ter que fazer uma reflexão honesta. Eu convido você a revisitar seu próprio passado ferido e não curado. Pode remontar há muitos anos, pode trazer à mente o rosto de um pai, filho, amigo, ex-companheiro, colega de trabalho, chefe, treinador, pastor ou irmão. Eles feriram você. A dor permaneceu todos esses anos. Você não pode sequer ouvir o nome deles ou ver uma fotografia sem que toda a raiva e desconfiança inunde sua alma como um rio que ultrapassa as margens.
Meu amigo, é hora de seguir em frente. Procure uma solução. Procure a ajuda de outra pessoa, se você precisar. Mas continue com isso. O que quer que seja preciso para se tornar livre, faça.
Neste momento, convido você a ficar sozinho ao pé da cruz, olhar para Ele, e liberar deliberadamente tudo. Veja-o pendurado lá, sangrando e morrendo, e abrace o Seu perdão, para você e para seu inimigo. Ao perdoar, você não está tolerando o pecado deles. Você está simplesmente deixando isso para Deus. Esse é o território dEle, não o seu. Isso é graça. E você pode oferecê-la aos outros porque você também não a merece.
Tem um pouco de dever de casa para fazer? Comece com isso antes que fique muito tarde e você perca o caminho de casa.
Perdoar não é desculpar o pecado de outra pessoa. É deixar a ferida na alçada de Deus, não na sua.
Charles R. Swindoll, extraído de Great Days with the Great Lives (Nashville: W Publishing Group, 2005).