O verbo “atacar” como substitutivo das leis
por Marco Frenette
Ao tomar o poder, a esquerda persegue as pessoas honestas com o mesmo pretexto cínico: elas estariam “atacando” as instituições.
Trocar os verbos “criticar” e “denunciar” por “atacar” é a primeira distorção necessária. Em seguida, se afirma que “críticas construtivas” são “permitidas”, mas “ataques”, não. É um truque primário, estúpido até, mas é funcional. Foi usado por Stálin, Mao e Fidel Castro, entre tantos outros, e agora está sendo exaustivamente usado no Brasil.
Com esse truque obtuso, qualquer organização honesta e democrática entre pessoas que pensam de modo semelhante é tratada como uma organização criminosa constituida para “atacar as instituições”. E quem “ataca” as instituições sem participar de nenhuma organização, é associado a alguma delas por similitude de ideias. Ou seja, é honesto? Então também faz parte da “organização de ataque às instituições”.
É a palavra “ataque” substituindo as leis, a Constituição e o credo democrático. “Seu juiz, mas isso não existe nas nossas leis”. “Não importa se existe ou não nas leis, o que importa é que estão nos atacando, e nos atacar é atacar as instituições”.
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