A Faculdade de Medicina da UCLA [Universidade da Califórnia] exige que os alunos participem de uma palestra onde o palestrante exige oração por ‘Mama Earth’ e lidera cantos de ‘Palestina Livre’.
Num curso obrigatório, a convidada, Lisa “Tiny” Gray-Garcia, começou a palestra encabeçando uma “oração não secular” aos “ancestrais”, instruindo todos se ajoelhassem e tocassem o chão, “mamãe terra”, segundo ela, com os punhos.
Pelo menos metade dos alunos obedeceram.
A oração ainda teve uma bênção para os “negros”, “pardos” e “sem-teto” que morrem por causa da “mentira crapatalista” [neologismo: porcaria (crap) + capitalismo da “propriedade privada”. Disse Gray-Garcia aos alunos ajoelhados:
Mamãe terra nunca foi feita para ser comprada, vendida, prostituida nem para se brincar com ela.
Na longa palestra Gray-Garcia usou um keffiyeh que cobria todo o seu rosto, Gray-Garcia, uma autodenominada “estudiosa da pobreza”, conduziu a aula em gritos de “Palestina Livre, Livre”.
Ela referiu-se à medicina moderna como “ciência branca” e censurou a “ocupação” da “Ilha da Tartaruga” (os Estados Unidos). Em seguida pediu aos alunos que se levantassem para uma segunda oração.
Quando um aluno permaneceu sentado, perguntou seu nome, dando a entender que poderiam haver medidas disciplinares.
Sobre o evento, escreveu o Grupo de Resiliência do Corpo Docente Judaico da UCLA ao reitor da universidade:
O efeito prático foi que a equipe da UCLA intimidou alunos de medicina do primeiro ano a participarem de um serviço religioso em derrogação de suas próprias crenças pessoais. É preciso haver uma revisão e investigação externa urgente e completa do currículo [da faculdade de medicina] e do anti-semitismo sistêmico”
A palestra decorre do curso “Racismo Estrutural e Equidade na Saúde”, lançada após a morte do criminoso negro George Floyd, como parte do “ roteiro anti-racismo ” da faculdade de medicina.
O curso tornou-se objeto de uma reclamação de direitos civis em janeiro, depois de separar os alunos em grupos de discussão baseados em raça – um para estudantes brancos, outro para afro-americanos e um terceiro para “pessoas de cor não negras”. A UCLA cancelou o exercício depois que um editorial do Wall Street Journal destacou a reclamação.
O conteúdo programático possui seções sobre “colonialismo de povoadores” e recomenda um podcast sobre “Saúde das mulherxs indígenas”, e o ensaio “A descolonização não é uma metáfora”.
A UCLA e Gray-Garcia não responderam aos pedidos de comentários.
Lindsay Wells, pediatra da UCLA e diretora do curso obrigatório do primeiro ano, “Racismo Estrutural e Equidade na Saúde”, não respondeu a um pedido de comentário.
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Foto de Israel Torres, via Pexels.