Você está dirigindo. Você para para deixar alguém atravessar na faixa de pedestres, e ela atravessa, sem olhar. Um carro vindo na outra direção não para e atinge a pessoa. Quem é o culpado? Se pensarmos sistematicamente, todos, menos o pedestre. Todos. Todos que dirigem, vendem carros, etc.
Temos um sistema que leva as pessoas a dirigir carros, a *precisar* dirigir carros, a ser *incapaz* de resolver seus problemas sem dirigir carros. No qual as pessoas lucram vendendo carros, fabricando carros, colocando combustível em carros, extraindo e refinando o combustível, metal, borracha, etc., para fabricar carros.
Todas essas pessoas, todos que apoiam uma economia automotiva, são cúmplices disto e de todas as mortes, ferimentos ou inconveniências no trânsito, sem mencionar os diferentes impactos nas pessoas porque nem todos têm carros ou carros igualmente bons. Estes são danos sistêmicos com base em carros.
Todo esse sistema e todos os seus beneficiários são, portanto, cúmplices da cultura do carro, que mata dezenas de milhares por ano. Eles têm cumplicidade com o carro, que eles racionalizam como normal e justificam porque os beneficia. A vida de dirigir um carro é confortável para eles.
Não apenas as pessoas que dirigem carros, mas também as pessoas que dependem e se beneficiam de um sistema econômico possibilitado e abastecido por carros (e caminhões), pessoas que constroem estradas, pessoas que desenvolvem componentes colocados em carros ou em uma economia dependente deles são cúmplices e deliberadamente ignorantes disso.
É assim que o pensamento sistêmico funciona. Esta é uma Teoria Marxista dos carros. Esta é a Teoria Crítica do Carro. É uma besteira ridícula.
Agora volte para o topo e substitua por um adolescente que adquire miocardite após tomar uma vacina contra a Covid. Divertido!
Aliás, é muito fácil criar uma Teoria Crítica. Poderíamos ter um jornal inteiro de artigos “acadêmicos” levando isso a profundidades absurdas em poucos meses, se quiséssemos. É muito fácil.
Os artigos poderiam incluir como a normatividade sistêmica de carros está entrelaçada com o capitalismo, racismo, sexismo, etc, etc, etc. Eles poderiam se aprofundar nos vários aspectos de como o neoliberalismo depende de economias que se baseiam em carros. Eles poderiam fazer as tantas coisas absolutamente sem sentido que os intelectuais adoram!
Conclusão? Necessidade de carros autônomos, uma sociedade primitiva sem carros que de alguma forma não é primitiva, programas governamentais para tornar a posse e operação de um carro muito cara, abolir carros, etc. Qualquer futebol político esquerdista-marxista pode ser vinculado a qualquer um deles.
Se você discorda, você só quer que as pessoas morram em acidentes de trânsito (então, você é cúmplice de homicídio veicular em massa e homicídio culposo) e se recusa a admitir sua cumplicidade no sistema porque você quer manter seu próprio benefício e conforto. Você não tem humildade moral e resistência.
Lindsay expõe como uma mentalidade pervasiva se imiscui no etos da sociedade. O gráfico, resultado de uma pesquisa governamental, ilustra e corrobora o entendimento de Lindsay com dados concretos.
Sistêmico: embutido dentro de todo o sistema e afetando-o
Imagem:
Александр Романов, via Pexels.
Analogia mostra como funciona a manipulação via pensamento sistêmico.
