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Igreja At Auvers, por Van Gogh

Por Marco Frenette.


Psicologia progressista

Antes dos resultados práticos do progressismo, há o motor das suas transformações: uma visão distorcida do mundo e dos homens.

Na base dessas distorções está o relativismo, cujo pensamento central é a crença na legitimidade de nivelar, e defender como iguais, os contrários.

Por exemplo, Stálin foi um genocida, mas não o tempo todo. Ele tinha seus momentos de bondade e amor, sobretudo com a filha. Beethoven, por sua vez, foi um espírito superior, mas teve seus momentos de fúria. Então, porque Stálin teve seus momentos de bondade e Beethoven teve seus momentos de maldade, ambos são dignos de respeito?

Essa pergunta tem duas respostas: a do progressista e a da pessoa mentalmente sã.

A pessoa sã vê a realidade de modo mais direto: Stálin foi um assassino e uma vergonha para a espécie humana, enquanto Beethoven foi um gênio do bem e um orgulho para todos nós. Não há comparação possível entre os dois.

Já o progressista vê a realidade pelas lentes grossas e sujas do relativismo: Beethoven não faria falta, mas Stálin, sim; pois foi um grande homem que conduziu a revolução socialista; e se no meio desse feito heróico ele assassinou milhões de pessoas desarmadas e de seu próprio povo, paciência.

Oscar Niemeyer pensava assim. Ele adorava Stálin. Haddad pensa assim, pois defendeu Stálin em seus livros; e também pensa assim todo brasileiro que quer Lula Livre, votou em Ciro e Haddad, e agora luta para derrubar o governo Bolsonaro e recolocar a esquerda no poder, e, enquanto isso não acontece, vai assistir ao filme-propaganda “Marighella”, o psicopata brasileiro.

Essa crença de ser justo o nivelamento dos contrários vem desde o filósofo grego Protágoras, e continua viva na mulher peluda que grita “Ele não”, e também em pessoas como Fernando Gabeira, que tem a coragem de chamar de “erros” os gigantescos crimes da máfia petista.

Também é essa mesmíssima crença que leva a sociedade a tolerar que criança vá a museu de arte para tocar em homem nu; que homem travestido de mulher entre em esportes femininos; e que jornalistas santifiquem a bandidagem e demonizem polícia.

A mentalidade progressista não é uma “forma diferente e democrática de pensar o mundo”, mas a própria criminalidade em ação.

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