Presidente do Conselho de Psicologia foi à Venezuela apoiar Maduro tendo as despesas pagas pelas anuidades de seus filiados.
O presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Rogério Giannini, esteve há três meses na ditadura socialista da Venezuela para participar do evento “1º Foro Internacional Violencia e Operaciones Psicologicas“, ocorrido entre os dias 11 a 15 de junho de 2017. De acordo com o Ministério do Poder Popular para a Comunicação e a Informação da Venezuela, o objetivo do evento era abordar “a violência que setores da direita têm pretendido instaurar no país”. O evento foi dirigido pessoalmente pelo ministro Ernesto Villegas, contou com a presença do ditador Nicolás Maduro e teve Rogério como um dos “especialistas” para tratar do assunto objetivo do “foro”.
Rogério não apenas tirou fotos com os presentes, incluindo o próprio ditador Nicolás Maduro, como sua viagem foi paga pelos 300 mil psicólogos do país que são obrigados a financiar o CFP todos os anos pagando até 431 reais por ano. De acordo com informação divulgada no site de Transparência do CFP (como autarquias federais, todos os Conselhos Profissionais são obrigados a divulgar seus gastos), o apoio ao ditador Nicolás Maduro custou R$ 4.639,46 ao bolso dos psicólogos brasileiros.
Rogerio também declarou, em vídeo às vésperas das eleições de 2016, que é uma “pessoa de esquerda, com pautas de esquerda” e, portanto, apoiaria uma candidata a vereadora pelo PT em São Paulo. O vídeo não está mais disponível.
Condensação do comentário de Will R. Filho. Leia-o na íntegra aqui:
Rogério Giannini, assim como qualquer psicólogo, possui autonomia e liberdade para apoiar, se manifestar e falar em nome do que acredita no campo político ou qualquer outro, porque isso diz respeito à sua vida pessoal..
Entretanto, enquanto presidente de uma autarquia, ele não induzir e favorecer quaisquer concepções políticas e/ou ideológicas.
O Conselho deve ter neutralidade sobre assuntos que não são da sua competência, visto que é um órgão público da administração indireta. Em segundo, o CFP representa não apenas a psicologia no Brasil, mas também os Psicólogos registrados no órgão, contribuindo com suas anuidades, o que significa plena diversidade de pensamento. Esse é apenas mais um motivo pelo qual a neutralidade é uma necessidade vital para o correta atuação do órgão.