Quem é o diabo? É o pai da mentira. Quem é o Cristo? É a verdade. Qual foi o pecado de Adão? Acreditar numa mentira. O que condenou Macbeth? Uma mentira. O que levou Anna Karenina ao suicídio? Uma mentira. Por que Raskolnikov matou a velha? Por uma mentira. Foi uma mentira que exterminou seis milhões de judeus, uma mentira que trucidou vinte milhões de soviéticos, uma mentira que varreu 65 milhões de chineses da existência e levou-os a comer os próprios filhos. A mentira é a base do orgulho. É uma mentira que há na raiz de todos os pecados. Na origem de toda neurose há uma mentira. A mentira é o sangue que circula nas veias das tiranias, o ar que respiram e o alimento de que se nutrem. Todos os males são filhos da mentira.
Assim é que a questão verdadeira não o vírus chinês, não é a guerra contra o tratamento precoce, não é a vacina, não é lockdown. Também não é a ideologia de gênero, não é o feminismo, não é o aborto, não são os pronomes neutros, não é o relativismo, não é a teoria crítica de raça, não é a putaria generalizada. É sempre a mentira óbvia e manifesta, difundida e imposta precisamente por ser mentira, precisamente por ser absurda, precisamente por falsear e deturpar na base a estrutura de tudo aquilo que é, precisamente por ser mentira. Não é a mentira que se quer verdade, mas a mentira que deseja triunfar como mentira.
Por trás desses e dos inumeráveis absurdos ainda inéditos que veremos nos próximos anos, o propósito comum e único é tornar a mentira tão universal e onipresente que seja impossível distinguir, perceber e aceitar a verdade. Pois o objetivo último é a tirania universal, que não pode ser nada além do reino universal da mentira. Só Deus é o que é; todo aquele que lhe pretenda usurpar o poder será sempre o que não é, isto é, a mentira.