O PAPEL FAMILIAR NA PREVENÇÃO DA HOMOSSEXUALIDADE
Cada um de nós já nasce com uma identidade biológica, macho ou fêmea. Porém, ninguém já nasce homem ou mulher. Quem nasce com testículos, mais tarde se tornará um macho adulto, mas não um homem. Quem nasce com ovários, se tornará uma fêmea adulta mas não necessariamente uma mulher. Nosso corpo é parte de nosso ser, não a totalidade dele, pois somos corpo, alma e espírito. A homossexualidade não é um problema físico, é um problema que tem a ver com a alma. Nascemos fisiologicamente machos ou fêmeas, porém, nossa identidade sexual masculina, ou feminina não é algo com a qual já nascemos. É algo que precisamos desenvolver, que precisa crescer dentro de nós.
Da mesma forma que nascemos fisicamente bebezinhos e precisamos crescer até atingir a estatura adulta, emocionalmente também crescemos pequenininhos e temos de crescer, desenvolver até atingir a maturidade. Assim também como o corpo biológico precisa de água, de alimentos de proteção, nosso homem ou mulher interior também precisa de certos ingredientes e cuidados para crescer até alcançar a idade adulta. E se isso não acontece? O corpo cresce, mas por dentro se continua sendo um menininho, uma menininha. Isto, de certa forma ajuda a compreender a homossexualidade. O que é a homossexualidade? É uma criança que não cresceu emocionalmente, morando em um corpo já formado de um macho ou de uma fêmea.
E aí, o que acontece?
Na puberdade os hormônios masculinos começam a se manifestar – a barba cresce, os testículos aumentam, a ejaculação acontece etc. A menina começa a ter menstruação, crescem-lhe seios, começa a ficar mais arredondadinha, e também surgem a energia e os desejos sexuais.
O que nos torna homens e mulheres não é o corpo, é o caráter. É o que está dentro de nós. Confundimos características de virilidade com masculinidade. Características de uma mulher com características femininas.
Quando um menino se torna homem? Quando recebe afirmação de sua identidade masculina por parte de seus pais. Nós pais, temos um papel fundamental na formação da identidade sexual dos filhos, tanto das meninas como dos meninos.
O processo é o seguinte: o menino nasce e tem um elo afetivo com a mãe. O cordão umbilical é cortado, mas o emocional continua. O bebê não percebe que é outro ser além da mãe. É geralmente, durante o primeiro ano de vida que surge a compreensão dessa separação. Ele, então, rompe afetivamente o elo com a mãe e começa a procurar um modelo que admire. Esta ligação emocional acontece afetivamente. É quando o menino se sente amado, aceito pela figura masculina em sua vida que, em geral, é o pai. Na falta deste pode ser um avô, um irmão mais velho, um tio, um vizinho ou alguém que tenha um papel significativo na vida dessa criança.
O pai participante
Meu irmão tem 2 meninos. Gosto muito de vê-lo rolar no chão com eles, correr atrás, brincar de monstro. Tem horas que vão todos tomar banho juntos. Fazem aquela bagunça, minha cunhada fica doida. Ele também dá bronca neles, quando é necessário. E isto tudo é muito saudável.
O que um pai participante passa para seu filho? “Este é o meu papai. O meu papai me ama”. Essa convivência resulta em uma compreensão da característica da masculinidade. “É bom ser homem. Quando eu crescer quero ser igual ao meu papai”. Essa criança está se abrindo para receber sua identidade sexual masculina.
Carências afetivas
As carências afetivas variam de pessoa para pessoa. Um menino mais introvertido costuma ser mais sensível. O mais extrovertido, caso sinta que suas carências afetivas não estão sendo supridas, vai atrás de outro referencial masculino, do tio, do avô, do pai do amigo etc. Ele “pega no pé” do pai, eles lutam, ele insiste que o leve para pescar. O garoto extrovertido vai atrás do que precisa e geralmente consegue. Já o introvertido não. Ele tenta uma, duas vezes, se não consegue se fecha. É por isso que tantos homens sensíveis e artísticos se enveredam para a homossexualidade. Os mais sensíveis são os que mais precisam da afirmação masculina. Só que, quando tentam e não conseguem se fecham. Nossa cultura associa sensibilidade com homossexualidade. Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra.
A verdade é que nem sempre os pais conseguem suprir as carências de seus filhos. E isso, necessariamente não significa que aquele pai não se dedicou ao filho. Vamos nos lembrar de que carência é resultado do pecado. Nossas necessidades legítimas são supridas por Deus, mas as carências devem ser tratadas na cruz e supridas em Jesus.
Homossexualidade
A homossexualidade não é um problema sexual. Eu diria que as pessoas que vão pela primeira vez para um relacionamento sexual não vão por causa de sexo, mas em busca de afeto.
Quando o menino não recebe do pai, ou de uma figura masculina uma identificação positiva, fica dentro dele uma imaturidade emocional. Na puberdade, quando ocorre aquela enxurrada de hormônios, ele tem corpo de homem, mas interiormente ainda é um menininho. E esse menininho ainda anseia por um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo. Ele ainda não está preparado para se relacionar com uma pessoa do sexo oposto. Quando surgem os hormônios sexuais, ele erotiza a carência. Então os homens se tornam objetos de seu desejo. Não é que ele queira ter sexo com eles, é que vê neles o que gostaria de ser. É uma busca reparativa, uma tentativa de suprir algo que não foi adequadamente suprido. Desta forma, então, podemos ver a homossexualidade como algo emocional, afetivo e não como algo sexual.
Encontro com Deus
As pessoas precisam de um encontro com o Deus Pai. Só ele pode suprir nossas carências. Digo a todos que possuem esse problema que eles podem transar com todos os homens da terra, mas nenhum poderá suprir aquela carência. E essa é a tragédia da homossexualidade. É uma promessa vazia. Você nunca vai encontrar aquilo que está procurando.
Identidade feminina
E em relação às meninas? Como uma menina se torna mulher?
Há algumas diferenças. A menina já tem uma identidade feminina desde cedo. Não tem de romper emocionalmente com a mãe, pelo menos não na infância. Esse rompimento acontece mais tarde, na puberdade.
A menina já sabe que é mulher. Porém é necessário que ela aceite essa identidade. A relação de bem-estar com a identidade feminina vem muito da observação do relacionamento dos pais entre si. Quando a menina vê que o homem ama, respeita e cuida de sua mãe, ela interioriza que é bom ser mulher e vai querer um dia se casar para ter um marido como o pai.
Nós, homens, temos o papel de cobrir emocionalmente a família. A mãe nutre afetivamente e o homem protege e cobre. Essa inteiração fornece uma visão adequada da família e leva os filhos a desejarem ter famílias semelhantes no futuro.
Pais, a estabilidade emocional no lar é o bem mais precioso que se pode dar aos filhos. Notem que não falei perfeição, mas estabilidade.
O pai também tem um papel muito grande na afirmação da feminilidade de sua filha. O pai que pega a filha no colo e diz: “Cadê minha princesinha?” está dando a ela reforço e segurança. A mensagem recebida é: “É bom ser mulher, eu aceito minha identidade de mulher”.
Quando, porém o oposto ocorre – a presença do pai traz violência, medo, disputa, a menininha olha aquilo e pensa: não é bom ser mulher. Mulher apanha, sofre, é fraca. Eu não quero ser mulher. Daí ela pára, quebra e não cresce mais, rejeitando sua identidade feminina.
Em nossa sociedade machista, muitas mulheres sofrem por serem mulheres. No lesbianismo o que domina é o afeto e não o sexo. É a menininha buscando o amor da mamãe, o que também torna essa busca reparativa.
Pais presentes
Como os pais podem ajudar adequadamente a evitar a homossexualidade entre seus filhos?
Estou dizendo adequadamente e não perfeitamente. Nenhum de nós é perfeito. O importante é estar presente. Isso é garantia? Não, não é! Mesmo o pai mais amoroso, mais presente pode ter filhos com distúrbios, mas isso é mais raro.
Existe também o abuso, que ocorrendo, pode, ou não resultar em homossexualidade. Outra coisa, é a ausência. Às vezes a profissão do pai o afasta muito de casa. Porém, a leitura que o filho faz é que o pai simplesmente não está presente e encara aquilo como rejeição.
Os filhos podem passar sem luxo, mas não podem passar sem os pais. O bem-estar emocional é o maior bem que os pais podem dar aos seus filhos. E esse bem-estar também resulta em uma identificação sexual saudável, estabilidade emocional e auto-estima equilibrada. Os papéis de pai e mãe sendo adequadamente exercidos levam os filhos a ser equilibrados e um dia, a querer ser como seus pais, macho e fêmea, homem e mulher.
Pr. Willy Torresin de Oliveira – atual diretor regional da ‘Exodus Brasil”, que faz parte de uma organização interdenominacional destinada a unificar e equipar cristãos para ministrar o poder transformador de Jesus Cristo àqueles que, de algum modo, estão envolvidos na homossexualidade. É coordenador do ministério Paz com Deus, em Londrina, PR.