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Meme famoso exclui o papel da bondade moral e da escolha moral na formação da sociedade.

Trechos extraídos ou texto replicado na íntegra do site: Twitter de Cody Libolt.
Autoria do texto: Cody Libolt.
Data de Publicação: .
Leia a matéria na íntegra clicando aqui. Twitter de Cody Libolt
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Esse meme é enganoso.

Na verdade, BONS homens criam bons tempos.

O sofrimento não cria necessariamente nada para uma sociedade.

O meme popular diz o seguinte:

-Tempos difíceis criam homens fortes
-Homens fortes criam tempos bons
-Tempos bons criam homens fracos
-Homens fracos criam tempos difíceis

O meme observa corretamente alguns padrões. Mas também há algumas situações onde devemos qualificar: “Às vezes”.

Às vezes, tempos difíceis criam homens fortes. Às vezes não.

Às vezes, homens fortes criam bons tempos. Às vezes não.

Às vezes, bons tempos criam homens fracos.
Às vezes não.

Apenas a última afirmação parece verdadeira como uma generalização: homens fracos (que chegam ao poder e permanecem no poder) normalmente realmente criam desastres contínuos.

Embora seja verdade que algumas das causas listadas no meme possam ser fatores contribuintes na história, há um fator mais essencial que leva a tempos bons ou ruins: o bom ou mau caráter dos indivíduos.

Considere o que acontece quando há homens fortes de mau caráter. Para exemplos, veja os faraós do Egito ou da União Soviética ou outras ditaduras.

Essas sociedades eram lideradas por homens fortes que escravizavam a população por gerações.

Eles criaram tempos difíceis, e esses tempos difíceis não resultaram em uma população de homens fortes, mas apenas uma população de escravos sofredores.

O que esse pensamento ignora ou minimiza é o papel da bondade moral e da escolha moral na formação da sociedade.

Sugere que a forma da sociedade não é determinada principalmente pelas escolhas dos homens, mas por seu ambiente e pelo padrão da história.

Mas, no sentido fundamental, a história não cria os homens; os homens criam a história. A causa fundamental da direção que os homens tomam não é externa, mas interna. Tudo se resume a como eles lidam com a verdade. As pessoas que amam a verdade e orientam-se pela realidade aprendem o que é a justiça e lutam para ver a justiça concretizada.

Os que abraçam a ideologia implícita no meme geralmente acreditam em uma abordagem de “homem forte” para a liderança nacional. Um governante deve unir a nação para conquistar os inimigos dessa nação (tanto de fora quanto de dentro dela).

Esse meme é popular, hoje, entre conservadores de vários tipos, incluindo alguns entre os autodenominados conservadores nacionais, conservadores reformados, conservadores sociais, conservadores tradicionais/paleoconservadores e monarquistas. Também é popular entre os identitários brancos.

Estas são categorias discretas com alguma sobreposição. Para me referir a todas essas categorias como um grupo, sugiro o termo “conservadores coletivistas.”

O ponto-chave que esses grupos têm em comum é a rejeição do liberalismo clássico, ou seja, a rejeição de um forte compromisso com o capitalismo laissez-faire, um governo estritamente limitado e direitos individuais.

Preste atenção no que esse meme está sugerindo como o único caminho para tempos melhores para nossa sociedade: precisamos de homens fortes que foram forjados em tempos difíceis.

Esta não é uma ideia consistente com a visão do liberalismo clássico, que defende o potencial das pessoas para criar uma sociedade *duradoura* e *respeitadora dos direitos*.

Um conservador coletivista não acredita que os direitos individuais sejam absolutos. E ele acredita que uma sociedade próspera não consegue durar muito, porque necessariamente contém dentro de si as sementes de sua própria destruição. Observe o hegelianismo.

Um conservador coletivista discorda do liberal clássico com relação às soluções prescritas.

Para trabalhar por uma sociedade melhor, os liberais clássicos tendem a escrever panfletos ou iniciar publicações incentivando seus irmãos a preservar o fogo sagrado da liberdade, pelo aprendizado de princípios cívicos sólidos e então engajando-se em ativismo intelectual para educar as pessoas e mudar a cultura.

O conservador coletivista típico prefere se concentrar em denunciar os homens que ele vê como fracos. 1/2

“Tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam bons tempos, bons tempos criam homens fracos, homens fracos criam tempos difíceis…”

Uma cultura cínica de memes floresce entre essas pessoas, e pouco mais.

A definição de “fraco” do conservador coletivista tende a mudar com o tempo, com base em suas próprias condições sociais e associações pessoais. Em seu sistema de crenças, “fraco” passará a descrever mais homens ao longo do tempo.

Para os liberais clássicos, a distinção essencial entre os homens na sociedade é entre os que são mais, ou menos, esclarecidos moralmente. A solução é a educação *moral*.

Para os conservadores coletivistas, a distinção essencial entre os homens na sociedade é “minha tribo” versus forasteiros.

Está se tornando mais comum ver conservadores coletivistas defendendo as virtudes supostamente únicas de seus próprios ancestrais e elogiando os “homens fortes” da história: os homens que fizeram os trens funcionarem no horário – independentemente de para onde esses trens estavam indo.

Para aqueles, entre os conservadores coletivistas, que tentam ser mais consistentes, o inimigo mais repulsivo é o liberal clássico, porque o liberal clássico poderia ter feito parte da mesma tribo que eles, mas agora está agindo como um traidor – um traidor de classe, um traidor da raça, globalista, c*ckservarive, etc.

Você ouviu os insultos.

Muitos desses conservadores coletivistas continuarão fazendo memes sobre a gloriosa história de seus próprios ancestrais sem uma compreensão suficiente de quais condições tornaram essa história possível.

Alguns continuarão culpando os males sociais por pessoas desta ou daquela cor de pele ou origem nacional.

Alguns continuarão sugerindo que o que realmente precisamos é de um “homem forte”.

Mas o que o mundo precisa é de homens que possam ser sal e luz: homens que saibam distinguir o certo do errado e o ensinem aos outros.

O que o mundo precisa não é de um novo e melhor César, mas sim de um novo e melhor esclarecimento. 2/2

Atualização em 01-05-2023:

Se você *precisa* de “tempos difíceis” para abraçar plenamente uma determinada virtude (por exemplo, masculinidade), então você ainda não possui plenamente essa virtude.

A verdadeira virtude não depende de fraqueza e corrupção para sua plena manifestação.

Se você duvida disso, contemple a virtude de Deus.

Jacob Brunton

Imagem:
Campo de Concentração de Auschwitz. Foto de Lasma Artmane, via Unsplash.

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Editorial

Colunista do Conselho Internacional de Psicanálise.

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