Você coloca um rato numa gaiola e lhe dá duas garrafas de água.
Uma só com água e a outra misturada ou com heroína ou cocaína.
Se você fizer isso o rato, quase sempre, preferirá a água com droga, e quase sempre se matará bem rápido.
Ná década dos anos 1970, o professor Bruce K. Alexander observou que estamos colocando o rato numa gaiola vazia. Ele não tem nada para fazer exceto usar essas drogas. Vamos tentar algo um pouco diferente.
Então o professor Alexander construiu uma gaiola que ele chamou de “Parque do Rato” que é, basicamente, o “céu dos ratos”.
Eles têm um monte de queijo. Eles têm um monte de bolas coloridas. Eles tem um monte de túneis. Fundamentalmente, eles têm um monte de amigos.
E eles têm ambas as garrafas de água: a água normal e a água com droga.
Mas a coisa fascinante é o seguinte: no Parque do Rato, eles não gostam da água com droga. Eles quase nunca a usam. Eles nunca a usam de forma compulsiva. Nenhum deles nunca teve uma overdose.
Você vai de quase 100% de overdose, quando eles estão isolados, para 0% de overdose quando eles têm vidas felizes e com relações.
“Arrepiante é o destino de um rato forçado a encontrar distrações dentro da gaiola em que foi trancado: ele correrá na roda, correrá por túneis, inventará pequenos esconderijos, sem nunca conhecer sua verdadeira natureza.
Arrepiante é o destino de um homem forçado a encontrar realização dentro da gaiola invisível em que vive trancado: ele obterá diplomas, aspirará a prêmios e distinções, comprará um carro novo, sem nunca conhecer a si mesmo.
Horrível é o destino do homem forçado a viver como um rato em uma gaiola: ele se esquecerá de seu potencial, se é que algum dia o conheceu, se entregará a prazeres efêmeros, trancará seu desejo de ser feliz dentro de uma garrafa da qual beberá continuamente, sem jamais alcançar o topo que almeja.
E fingindo ser alegre, permanece, placidamente, no fundo do poço.”
“Por meio da escalada, Viktor Frankl reforçou sua força interior, que ele chamava de “rebeldia da mente”. Segundo Frankl, isso o ajudou a superar seu próprio medo de altura e, mais importante, a sobreviver a quatro campos de concentração.
Nas montanhas, o mundialmente famoso psiquiatra Viktor Frankl era “apenas Viktor”, como sua esposa Elly disse. Não um alpinista excepcional, mas um verdadeiro amigo das montanhas, com coração e alma.
Do livro de V. Frankl, “Montanha e Significado”.
Escalando como uma parábola para a vida: somos confrontados com nossos medos, superamos obstáculos externos e internos, treinamos nosso corpo e nossa vontade e aprendemos a confiar absolutamente, em nossas próprias habilidades, mas também nosso parceiro de corda.”
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Filip Kominik,
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