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Há dois tipos de personalidade que se enquadram bem na defesa do Estato Total : o tipo “intelectual-juridiquês-sociólogo” distingue-se do “tipo político” porque esse último não é tão intelectual, ideólogo, tendo mais gosto no poder e no dinheiro mesmo. Já o tipo “intelectual-ideólogo” é o mais perigoso, vide Hitler, Mussolini, Lênin, Robespierre, Savonarola, etc, pois estes se acham imbuídos da verdade, da teoria, do “ideal”, do “desejo do bem”, do “desejo de ordem”, do “desejo de proteger os coitadinhos contra os gananciosos urubus”. A justificação moral, ou a “pseudo-justificação” moral lhes dá uma força fanática, extremamente perigosa, como a história já mostrou.